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 Guhya Mantrika

Guhya Mantrika

Mantra Secreto, em Tibetano Sang Ngak ou em Sânscrito Guhya Mantra, é um sinónimo de Vajrayana ou Ensinamentos Tântricos. E o Sangha, reporta-se ao conjunto de praticantes do Mantra Secreto, ou Mantrikas, também conhecidos em tibetano como Ngakpas, aqueles que usam o mantra, os quais são os praticantes da Linhagem não monástica da Tradição Tântrica Budista.

 

Estes Ensinamentos e abordagem à prática são particularmente significativos para pessoas que procuram integrar o Budismo Vajrayana com uma vida familiar "normal" no mundo moderno.

Assim, a Guhya Mantrika é um grupo de praticantes do Budismo Tibetano das Antigas Escolas Nyingma e Kagyu, fundada pelo Lama Urgyen Chökyi Dorje e o Lama Gyurme.

 

Os nossos centros, locais de retiro e grupos ou núcleos de estudo e prática visam preservar e difundir as antigas tradições da Linhagem Prática do Dzogchen, Mahamudra e do Chöd; oferecendo a rara oportunidade para o acesso a uma profunda educação focada na Tradição Yogi Budista Tibetana.

É o Budismo uma ciência?

 

As ciências, ou todas aquelas que dizemos ser "puras ciências", estão direccionadas para o mundo exterior, para os diversos fenómenos que percepcionamos. O Budismo é, ao contrário, virado para o "interior"; ou seja, está atento à mente. É por isso que é dito por vezes que o Budismo é uma Ciência da Mente. Como todas as expressões, não deixa de ser limitada.

 

Prefiro dizer que o Budismo é inclassificável; que ilude categorias e comparações. Historicamente, Budismo são os ensinamentos de Buda Shakyamuni, que viveu na India há mais de 2500 anos atrás. Com o passar dos séculos, os ensinamentos foram transmitidos, traduzidos para diversas línguas e enriquecidos por numerosos comentários. Deste modo, a literatura Budista é incomparavelmente extensa.

 

A um nível mais profundo, Budismo é o pensamento ou modo de pensar dos Budas, que pode ser sumarizado por dois principios: compaixão e sabedoria.

 

O Budismo é por isso uma maneira de pensar. Budistas são aqueles que aspiram em encontrar esta boa maneira de pensar e treinar nela. Budas são aqueles que foram bem sucedidos.

 

​Pode-se também dizer que o Budismo é essencialmente a reflecção na felicidade e o ensinamento das causas da felicidade. Depois de mostrar o quanto nos enganamos a nós próprios, o como perdemos o nosso caminho devido á maneira como concebemos o mundo e a nós próprios, o Budismo desperta-nos para uma visão nova. Faz com que se comece a ver a realidade de forma diferente à habitual e orienta-nos progressivamente à realização da verdadeira natureza dos fenómenos e da mente.

 

Esta realização está precisamente na origem da cessação de todo o sofrimento e de todos os medos. O Budista é, essencialmente, uma pessoa serena. Ela/ele não têm nada a temer. É também uma boa pessoa, aberta aos outros. Estas três qualidades - sabedoria, serenidade e um bom coração - de certa forma estão ligadas entre si, e surjem umas das outras.

 

O Budismo é, deste modo, uma viagem em direcção à sabedoria, serenidade e generosidade.

 

O Budismo não é um fenómeno cultural, político ou social

 

A cultura, sobre a qual poderíamos dizer que a arte em todas as suas facetas é a sua expressão máxima, está enraizada em conceitos e necessidades mundanos, o Budismo vai para além deste balizamento. Na cultura, a arte é um fim em si; dentro da área de intervenção do Budismo, é um meio. Arte é menor quando comparada à sabedoria. Em outras palavras, o Budismo é intemporal e para além do ordinário, e a cultura ou arte estão alicerçadas em épocas e e sociedades específicas.

 

O Budismo não é político, isto é, não conhece os limites de fronteiras ou grupos. Não é baseado na oposição de pessoas. Não vem de "algures". Transcende continentes e grupos humanos. Nacionalidade, raça, classe social, estatutos de militante de qualquer partido político, etc, não constituem critérios pertinentes aos olhos do Budismo. O processo é, pelo contrário, mostrar que fundamentalmente todas as pessoas, e em termos gerais todos os seres vivos, partilham da mesma natureza (fundamental), as mesmas emoções, os mesmos desejos e os mesmos medos.

 

Também não é um fenómeno social. O Budismo é uma busca pessoal pela perfeição. O Budista olha para ele próprio. Ele progride na individualidade do seu caminho espiritual. A mensagem Budista influência, como é óbvio, a atitude ou o comportamento daqueles que a estudam e practicam, mas não tem em vista mudança ou reformas sociais. Não pretende ser um grupo de pressão e não proclama regras de organização em sociedade.

 

O Budismo não pode ser categorizado

 

Na verdade, nenhuma definição lhe convém. O Budismo não é uma Religião, ou pelo menos não no sentido em que a palavra é geralmente usada. Aliás, não pressupõe de modo algum a crença na existência de um ou mais deuses, e em termos gerais, categoricamente rejeita a ideia de que se possa acreditar em algo sem que antes tenha sido sujeito a análise através de um raciocínio lógico, e da razão.

 

O Budismo também não é uma filosofia, uma vez que não está limitado a uma abordagem meramente intelectual ou através de conceitos. Na verdade, ensina que a compreensão não é suficiente. O aluno deve também experimentar e eventualmente "realizar" (ter experiência directa) os ensinamentos. Essa é a dimensão espiritual do Budismo.

 

Este texto foi escrito originalmente em francês pelo Lama Urgyen Chokyi Dorje em Dezembro de 1999.

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