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BENEFÍCIOS

Vantagens do Mindfulness

 

À medida que vamos praticando, as distracções vão desaparecendo e começamos a sentir-nos mais presentes, tranquilos e relaxados. Começamos a encontrar espaço e lucidez para lidar com todas as circunstâncias da vida e a expressar uma abertura compassiva às situações e aos outros. Com a descoberta de um contentamento espontâneo, realizamos a descoberta de uma felicidade que não depende de factores externos ou de "desligar a ficha"; e a liberdade e paz que tanto almejávamos, descobrimo-las dentro de nós, onde sempre estiveram, na mente. E este tesouro de sanidade, equilíbrio, liberdade e felicidade somos nós próprios, é a nossa natureza, só é preciso mergulhar além das nuvens, através do Mindfulness.

 

Estando além das nuvens dos pensamentos e emoções, realizamos que na mente e nas suas funções, tal como na vida, nada é tão concreto, sólido e definido como vulgarmente se pensa, somos nós que através das nossas "projecções" de ignorância, apego e aversão as solidificamos e tornamos "reais". Com o Mindfulness, abre-se para nós o espaço do céu sempre brilhante além das nuvens, em que ao compreendermos que nada é tão sólido e real, já não necessitamos de nos levar tão a sério e preocupadamente.

 

Quando praticado correctamente, o Mindfulness pode trazer inúmeros benefícios, com impacto tanto a nível profissional como pessoal:

 

  • Resiliência, tranquilidade e clareza

  • Eficácia e produtividade

  • Capacidade de adaptação à mudança

  • Capacidade de evitar e gerir conflitos

  • Tolerância a situações potencialmente stressantes

 

Foram desenvolvidas várias intervenções que incorporam técnicas adaptadas do Mindfulness budista. Duas das mais populares são o Mindfulness para a Redução do Stress (MBSR) e a Terapia Cognitiva Baseada em Mindfulness (MBCT). Aqui o praticante de meditação vê os pensamentos a irem e virem, aceita-os e liberta-os. O objectivo é adquirir consciência, de forma neutra e sem juízo valorativo, dos pensamentos e sensações que se têm em determinado momento. Pode inclusive, para algumas pessoas, representar uma forma mais confortável de auto-exploração do que os métodos tradicionais de terapia.

 

Com as intervenções baseadas em Mindfulness, o objectivo não é mudar os pensamentos, mas sim as nossas convicções globais em relação aos pensamentos - essencialmente, espera-se que a pessoa deixe de acreditar que os seus pensamentos são necessariamente verdadeiros ou importantes. É aqui que a filosofia budista entra realmente em acção: os pensamentos são meros «eventos mentais» - apenas pensamentos, nada mais -  e não exigem necessariamente qualquer tipo de acção. Tudo o que temos de fazer é estar conscientes disso.

Ponto de vista e opinião dos que optaram por esta via de autoconhecimento, com excertos de respostas a duas perguntas: Porque começou a praticar meditação e quais as consequências da sua prática meditativa?

 

Idade: 32 anos, Psicóloga Clínica

Comecei a praticar meditação porque queria ter mais noção e controlo na forma como reagia às coisas. Sentia que eram os outros ou as situações que ditavam como me sentia e como reagia.

Comecei a aperceber-me das minhas emoções e pensamentos e, em vez de reagir, agir. Contínuo a ter muita dificuldade em lidar com emoções mais fortes, mas reduzi o impacto que as emoções têm nos meus comportamentos, o que melhorou a forma como me relaciono com os outros.

 

Idade: 44 anos, Engenheiro Informático

A psicóloga da minha mulher achou que seria uma boa ideia praticar meditação como complemento da terapia cognitivo-comportamental para lidar com ansiedade e crises de pânico. Para a encorajar acompanhei-a.

Conseguir identificar uma emoção muito forte e poder decidir, de livre vontade, como reagir. Aprendi que «comportamentos instintivos» ou que «há alturas em que não conseguimos evitar reagir da forma X ou Y», são crenças populares não verdadeiras.

 

Idade: 49 anos, Economista

A vida agitada que tinha levou inevitavelmente à busca de tranquilidade e espaço de reflexão. O caminho encontrado foi a prática diária de meditação.

Ainda estou numa fase inicial. Para já as consequências práticas são tranquilidade, maior bem-estar mental, emocional e físico, e conseguir de alguma forma ser mais introspectiva, mas tentando entender o meio ambiente!

 

Idade: 31 anos, Médica

Inicialmente comecei a meditar para melhorar a minha concentração, estudar e melhorar a memória. Comecei a ver que podia tornar-me mais calma e menos egocêntrica, e assim desenvolver uma atitude mais compassiva e paciente.

Costumava enfurecer-me com as coisas. As pequenas coisas que antes me incomodariam não têm agora qualquer importância.

 

Idade: 27 anos, Operador de Informática

Para aprender a reconhecer verdadeiramente e porque tinha curiosidade em saber como funciona a mente humana. Com a prática meditativa poderia conseguir lidar com as minhas emoções negativas.

Aos poucos fui conseguindo saber observar as minhas emoções negativas em vez de me agarrar a elas. Tenho mais atenção ao que penso, ao que digo e a como ajo perante pessoas e situações, e isso cria uma certa flexibilidade mental.

 

Idade: 41 anos, Consultora de Comunicação

Depois de mostrar interesse em conhecer os ensinamentos budistas e começar a praticar meditação, recomendaram-me que fizesse um pequeno retiro.

Sinto que aos poucos me tornei numa pessoa mais amável, atenta às minhas falhas e às falhas dos outros sem que isto afinal seja um grande problema, mais tolerante, menos preconceituosa e egoísta, e mais agradecida à vida.

TESTEMUNHOS PESSOAIS

Algumas empresas e instituições com quem temos colaborado:

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Provas científicas sólidas sugerem que intervenções Mindfulness melhoram a atenção, auto-controlo, resiliência emocional, recuperação da dependência, memória e a resposta imunológica. Eis um resumo de alguns resultados da investigação sobre os seus benefícios:

A CIÊNCIA

Atenção

Numerosos estudos demonstram melhorias na atenção, incluindo melhor desempenho em tarefas objectivas que medem a atenção.

Compaixão

Sujeitos designados aleatoriamente para receberem formação em Mindfulness demonstraram ser mais susceptíveis de ajudar alguém em necessidade e a terem uma menor propensão em julgarem e criticarem os seus próprios fracassos pessoais. Tornam-se mais amáveis e compreensivos em relação a si e aos outros.

Calmante

Estudos descobrem que o Mindfulness reduz os sentimentos de stress e melhora a ansiedade e angústia quando os sujeitos são colocados em situações sociais stressantes.

Regulação da Emoção

O Mindfulness está associado à regulação da emoção numa série de estudos. Esta técnica cria alterações no cérebro que correspondem a uma menor reactividade e melhor capacidade para exercer tarefas mesmo quando as emoções são activadas.

Adaptabilidade

Tornando-nos conscientes dos nossos padrões habituais, permite-nos mudar gradualmente comportamentos de uma forma mais sábia.

Resiliência

Ver as coisas objectivamente reduz a quantidade de narrativa que acrescentamos aos naturais altos e baixos do mundo que nos rodeia, dando-nos um maior equilíbrio.

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O MINDFULNESS ALTERA O CÉREBRO

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Amígdala

 

Estimulada quando detecta e reage às emoções, especialmente emoções difíceis e fortes como o medo. Esta parte do cérebro torna-se menos activa e tem menos densidade de matéria cinzenta após formação em Mindfulness.

Hipocampo

 

Crítico para a aprendizagem e memória, e auxiliar na regulação da amígdala. Esta parte do cérebro torna-se mais activa e tem mais densidade de matéria cinzenta após formação em Mindfulness.

Córtex pré-frontal

 

É a parte do cérebro mais associada com maturidade, incluindo regulação das emoções e comportamentos e tomada de decisões acertadas. Esta parte do cérebro torna-se mais ativa após formação em Mindfulness.

Como tem sido exposto, o Mindfulness pretende reforçar comportamentos calmos, empáticos e compassivos. No entanto, esta abordagem também tem sido utilizada para ajudar com uma série de problemas físicos e psicológicos – dor, depressão ansiedade, distúrbios alimentares, emoções negativas, doenças cardíacas, problemas de tensão arterial – bem como para melhorar o bem-estar e as capacidades cognitivas.

 

De facto, os estudos sobre Mindfulness aumentaram após esta técnica ter começado a ser usada para tratar a depressão. Segundo a Organização Mundial de Saúde, 350 milhões de pessoas em todo o mundo vivem com depressão e um milhão de pessoas comete suicídio todos os anos. Sabemos também que a depressão tem uma taxa de recorrência muito elevada: quando se sofre de depressão uma vez, há 50% de hipóteses de ter outro episódio; se a tiver duas vezes, as probabilidades de recorrência aumentam para 70%; e com três ou mais episódios é quase garantido (probabilidades de 90%) que voltará a sofrer de depressão a dada altura da vida. Para algumas pessoas, a depressão é algo que pode ficar adormecido dentro delas, mas que regressa à vida uma e outra vez – a menos, claro está, que se encontre uma forma eficaz de lidar com ela.

 

Caso queira saber mais acerca da integração científica com a prática contemplativa budista, consulte o website do Mind and Life Institute:

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O Mind and Life Institute surgiu em 1987 de um encontro entre três visionários: Tenzin Gyatso, o 14º Dalai Lama – o líder espiritual do Tibete e um defensor global pela compaixão; Adam Engle, um advogado e empreendedor; e Francisco Varela, um neurocientista. Tendo o trio compreendido que a ciência se tinha tornado o quadro dominante para investigar a natureza da realidade - e a fonte moderna para o conhecimento que poderia ajudar a melhorar a vida dos humanos e do planeta – os três consideravam esta abordagem incompleta. Compreendendo que a ciência depende de empirismo, tecnologia, observação objectiva e análise, os três estavam convencidos que práticas contemplativas e métodos introspectivos bem-refinados podiam, e deviam, ser usados como técnicas de investigação equivalentes – instrumentos que permitiriam uma ciência mais humana, mas que também assegurariam conclusões mais abrangentes.

© 2016 por Guhya Mantrika Mindfulness. 

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