Julho de 2017: Fim-de-Semana Especial no CET Pendê Ling e Sintra
Chöd Adventures e Ritual de Limpeza de Don Yod Shagpa: Prática pelos Mortos
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Doações
O que é o Mindfulness?
Mindfulness é a arte de repousar na nossa sanidade básica, um estado naturalmente tranquilo e satisfatório. E para começar usamos métodos muito simples que permitem à mente acalmar nesse estado natural.
Por outro lado, a vida actual com todas as suas exigências pode afastar-nos desse equilíbrio e a maior parte das vezes somos levados pelas nossas emoções, hábitos e condicionamentos, acabando cansados, irritados e “stressados” no nosso quotidiano.
O Mindfulness pode ser o antídoto para isso, ao permitir-nos desenvolver a paz e bem-estar naturais, que podem e devem ser reflectidos em todos os aspectos da nossa vida diária. Aqueles que meditam regularmente lidam melhor com os altos e baixos da vida, lidam com os desafios diários com mais facilidade e lucidez e relacionam-se com os outros de um modo mais compassivo e cálido.
Na essência, o Mindfulness, é a simples prática de estar presente em qualquer circunstância e em qualquer momento; tradicionalmente as pessoas pensam que meditar é apenas o acto de estar sentado, mas isso é só um aspecto de uma das formas de Mindfulness. Em vez disso, o Mindfulness, é o processo de aprender a viver presente e consciente momento a momento, não importando o que estamos a fazer; consequentemente pode ser aplicado a todos os aspectos da nossa vida. É possível andar, comer e até dormir meditativamente. Assim, vivemos muito mais; usufruindo da vida momento a momento.
Quando nos tornamos experientes no Mindfulness, a mente repousa estável no seu estado natural e as suas qualidades inatas de sabedoria e compaixão desvelam-se e manifestam-se permeando todos os aspetos da nossa vida. Começamos a “ver” e a entender que as coisas não são tão sólidas e imutáveis como imagináramos e que a vida é algo muito mais suave e fluido. Desta realização advêm uma grande alegria e liberdade que nos abre plenamente aos outros.
Resumindo o Mindfulness é:
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Uma forma de voltar à nossa natureza sã, tranquila e feliz;
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Uma forma de redescobrir uma maior presença, lucidez e sabedoria;
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Uma forma de “ver” a realidade das coisas e erradicar a ilusão;
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Uma forma de auto-conhecimento e de aprender a lidar connosco próprios;
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Uma forma de transcender os limites da nossa neurose egoísta e de desenvolver uma atitude naturalmente compassiva;
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Um caminho para toda a vida;
O Mindfulness não é:
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Uma forma de transe;
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Uma forma de aumentar a nossa confusão e desequilíbrio;
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Uma fuga frente à vida;
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Uma forma de alienação “autista”;
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Uma forma egoísta de isolamento;
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Uma “aspirina” mágica.
Porquê praticar Mindfulness?
Nas nossas vidas, numa sociedade moderna, a nossa experiência do quotidiano tornou-se uma corrida em que não temos tempo para nada, sempre ocupados com algo e ao mesmo tempo a planear tantas coisas. E desde logo preocupados com outras tantas. O que podemos chamar "correr para não cair". Deste modo vamos perdendo o contacto com a nossa natureza sã, perdendo o contacto connosco próprios, criando um ciclo vicioso de compulsividade, reactividade e distracção que além de um crescente nível de stress e intranquilidade, reduz a nossa paz interior e rouba-nos a liberdade de encontrar felicidade pessoal, bem como nas relações afectivas, sociais e profissionais.
Uma vez emaranhados neste redemoinho de medos e expectativas, preocupações e planos, vivemos oscilando entre o passado e o futuro; entre o velho "mastigar" de situações que já não podemos alterar e a tortura da ansiedade por coisas que ainda não aconteceram. Perdendo o contacto com o presente, perdendo o contacto com aquilo que de facto está a acontecer. Assim, ausentes de nós mesmos, relegamos a responsabilidade da nossa vida para o "automático". E assim passamos pela vida em modo de automatismo, perdendo a oportunidade de vivê-la. Porque a vida está a acontecer agora, no presente.
Assim, no princípio, o propósito do Mindfulness é só repousar a mente na sua calma natural, livre dos habituais medos e expectativas que ocultam a nossa sanidade básica. Pois, se continuarmos agitados e açoitados pelas ondas e vagas de preocupações, irritação, ansiedade, comparações, avaliações e expectativas é basicamente impossível encontrar satisfação ou felicidade mesmo que rodeados de todas as condições ideais a nível externo.
Quando ganhamos familiaridade com o Mindfulness, então a mente vai gradualmente repousando e encontrando uma tranquilidade lúcida que é capaz de reconhecer o seu equilíbrio natural. Não é que este método esteja a criar, ou a manipular a nossa mente, para artificialmente fabricar este estado; o que acontece é que começamos a redescobrir a experiência de felicidade e a satisfação natural que irradiam espontaneamente de nós. E, à medida que esta experiência de calma lúcida se aprofunda e estabeliza, este sentido de satisfação e harmonia vai-se tornando uma constante mesmo fora da designada meditação, revelando-se mesmo nas situações mais exigentes da vida.
Milhões de pessoas em todo o mundo meditam diariamente. Há cursos de Mindfulness em escolas e universidades directamente inspirados na meditação budista, e terapias baseadas em Mindfulness são actualmente disponibilizadas como tratamento psicológico no Serviço Nacional de Saúde no Reino Unido. Cientistas e professores afirmam que esta prática é um dos métodos mais eficientes e económicos de mudança pessoal. Os psicólogos desenvolveram um arsenal de teorias e técnicas para compreender e motivar a mudança pessoal. No entanto, não foi a psicologia que gerou a maior vaga de interesse por este tema no século XX - foi a meditação.
© 2016 por Guhya Mantrika Mindfulness.